Sobre Moreno

 

 A história do município de Moreno tem início logo no primeiro século de colonização do Brasil. Os primeiros habitantes do atual território da cidade foram os índios Caetés, do tronco Tupi. Em 1550, tais índios foram dizimados e escravizados pelos portugueses a mando de Jerônimo de Albuquerque. Dez anos depois as terras do Vale do Rio Jaboatão começaram a ser doadas em sesmarias e os primeiros engenhos passaram a se instalar na região. Os primeiros engenhos instalados nas terras de Moreno foram São Braz, Gurjaú de Cima, Gurjaú de Baixo, Carnijó, Nossa Senhora da Conceição -  atualmente conhecido como Catende e Nossa Senhora da Apresentação. Este útimo pertencia ao judeu Carlos Francisco Drago que vendeu o engenho em 1616 a Baltazar Gonsalves Moreno; daí em diante, o engenho passou a chamar-se Morenos e eis a origem do nome do município.

 Durante o período da invasão holandesa, o Engenho Morenos foi usado como ponto de partida para a Batalha do Monte das Tabocas. Depois da invasão holandesa, outros engenhos foram surgindo a partir da doação de novas terras e pelo desmembramento dos primeiros engenhos. Assim surgiram os engenhos Caraúna, Javunda, Pintos, Tapera, Jaboatão, Jussara, Pocinhos, entre outros. Em meados do século XIX, o número de engenhos no município já passava de 40.

 Muitos desses engenhos vieram a ser propriedade da rica família Souza Leão. Nesse tempo, em 1859, o Engenho Morenos recebeu a visita do Imperador do Brasil Dom Pedro II que se hospedou na casa-grande, especialmente para isso construída. Ainda hoje a casa conserva o antigo mobiliário usado por ele em sua visita.

 Porém, o desenvolvimento da cidade de Moreno só veio a ocorrer com a construção da Estrada de Ferro Central de Pernambuco e com a instalação da Estação Morenos, em 1885. Com isso, a facilidade do acesso à capital permitiu que várias pessoas morassem na localidade atraindo, em 1907, a implantação da fábrica de tecidos Société Cotonnière Belge-Brésilienne S. A., de propriedade dos belgas. Essa fábrica foi a razão de ser da cidade de Moreno, empregando muita gente e fazendo o pequeno povoado crescer. Eram produzidos fios de algodão, tecidos, toalhas e flanelas e o desenvolvimento trazido pela fábrica levou a emancipação da cidade. Assim, em 11 de setembro de 1928, o município de Moreno torna-se independente do município de Jaboatão e esta data é considerada o aniversário da cidade.

 A história do Povoado de Bonança teve origem nas terras do Antigo Engenho Tapera, onde foi instalada uma Estação de trem, em 1886. A estação atraiu pessoas para a localidade que ficava a caminho da cidade da Vitória de Santo Antão. O Povoado de Massaranduba originou-se das terras do antigo Engenho Capim Canela, na década de 1960, consistindo um povoado de trabalhadores rurais do cultivo da cana-de-açúcar.

 

Bandeira 

 

 

 No período compreendido entre a sua emancipação política, de 1928 até o ano de 1965, o município do Moreno utilizava como símbolo o brasão do Barão de Morenos. A municipalidade não contava com símbolos próprios. O historiador Mário Melo, responsável pela abreviação do nome Morenos para Moreno, chegou a idealizar um brasão para o município. Todavia, sua proposta não foi adotada e a cidade continuou usando o emblema do baronato de Morenos.

 No ano de 1965, a pedido do então prefeito Raul Alves de Melo, a professora Sevy Rocha desenhou o escudo e a bandeira do município. Também tratou de escrever a letra do hino municipal, cuja melodia foi composta pelo maestro Dy Portela. Após passar por uma comissão avaliadora, foram aprovados pelo prefeito no dia 26 de agosto de 1965. Sua inauguração oficial só veio a acontecer, porém, no dia 21 de novembro do mesmo ano, quando foi realizada uma homenagem aos seus idealizadores.

 A Bandeira é constituída da seguinte maneira:

I.   Branco e Azul – Cores do baronato de Moreno.

II.  Roda de Engenho – Símbolo da fonte da Cidade: Engenho Catende.

III. Ramo de Eucalipto – Símbolo das Verdes Colinas.

IV. Cana-de-açúcar – representando a monocultura do município.

V.  Algodão – simbolizando a matéria-prima da fonte econômica do município.

 

Hino de Moreno

Terra de trabalho
de progresso e de labor.
Onde impera a confiança
de ter paz e ter valor.

Salve! bela cidade
tens passado que nos honra
E com teus montes ensinas
ser Moreno valorosa
Terra das verdes colinas

Broto de engenho.
De Catende és tradição
Da nobreza tens origem
teu emblema é um brasão.

Povo dedicado
A servir sem relutar
Tendo por lema: o trabalho
Vai Moreno a caminhar...

 

Composição: Sevy Rocha 

 

Fonte: James Davidson